Angola reforça acções para acabar com a cólera com o apoio da OMS

Angola reforça acções para acabar com a cólera com o apoio da OMS

Numa reunião realizada hoje, a ministra da Saúde de Angola, Dra. Sílvia Lutucuta, deu as boas-vindas formais ao novo representante da OMS em Angola, Dr. Indrajit Hazarika. A reunião marcou o início de uma parceria renovada e reforçada entre o Governo de Angola e a OMS, com um enfoque central na intensificação da resposta nacional ao actual surto de cólera.

O Dr. Hazarika reafirmou o empenho inabalável da OMS em apoiar o Governo angolano através de intervenções abrangentes e estratégicas. Estas incluem o reforço da coordenação multissectorial, a melhoria da gestão de casos, o reforço da vigilância e da detecção de casos, bem como uma comunicação de risco eficaz e o envolvimento da comunidade. Esta colaboração surge num momento crítico, uma vez que Angola enfrenta um cenário complexo de saúde pública caracterizado por doenças endémicas, doenças transmissíveis e não transmissíveis, doenças tropicais negligenciadas e um surto de cólera que já afectou 17 das 21 províncias do país.

Desde o início do surto, em Janeiro de 2025, foram notificados mais de 14 000 casos de cólera e 505 mortes associadas, sendo que 50% dos casos envolveram indivíduos com menos de 20 anos. O Ministério da Saúde, em estreita coordenação com a OMS e outros parceiros de desenvolvimento, adoptou uma série de medidas de resposta urgente, que incluem o envio de equipas de resposta rápida, a formação de pessoal de saúde, a criação de centros e unidades de tratamento da cólera, o fornecimento de água potável, o envolvimento intensivo da comunidade e o lançamento de campanhas de vacinação específicas.

A ministra Lutucuta manifestou grande preocupação com o aumento do número de casos e a trágica perda de vidas. “Ao longo deste período difícil, a Organização Mundial da Saúde tem estado ao nosso lado como um parceiro firme e valioso, prestando um apoio inabalável a todos os níveis. No entanto, é com profunda tristeza que assistimos a um aumento contínuo dos casos e das mortes, especialmente entre as crianças e os jovens”, declarou.  A ministra sublinhou a necessidade urgente de reforçar a colaboração multissectorial e a acção coordenada para travar o surto e salvaguardar a saúde pública.

O Dr. Hazarika reafirmou o compromisso de longa data da OMS em apoiar Angola nos seus esforços para controlar a cólera e reforçar o sistema de saúde para aumentar a sua resiliência. “Estamos gratos pela abertura e liderança do Ministério nesta resposta. Embora o surto seja motivo de grande preocupação, representa também uma oportunidade crucial para trabalharmos em conjunto no sentido de reforçar o sistema de saúde de Angola e criar uma preparação para emergências a longo prazo. O nosso objectivo comum continua a ser uma Angola mais saudável e resiliente”, afirmou.

A reunião terminou com um entendimento comum da necessidade de intensificar a resposta e manter a dinâmica para controlar o surto. Angola conseguiu conter com sucesso surtos de cólera anteriores e, através de uma liderança decisiva, coordenação multissectorial e parcerias estratégicas, o país está bem posicionado para superar novamente este desafio.

Olhando para o futuro, os esforços nacionais centrar-se-ão em estratégias integradas para reforçar os sistemas de saúde e prevenir futuros surtos. Estas incluem melhorar o acesso a cuidados de saúde de qualidade, garantir o acesso a água potável, promover práticas de higiene e saneamento e continuar a investir na saúde. 

A conjugação dos esforços do Governo de Angola, da OMS, de outras agências da ONU, da sociedade civil e do sector privado será crucial para salvaguardar a saúde e o bem-estar de todos os angolanos.

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Olívio Gambo

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